Quando deixou o
covil do estranho homem que havia feito a proposta de emprego mais inusitada imaginável,
Sandro Diaz seguiu para seu verdadeiro trabalho.
Enquanto dirigia pelas
ruas congestionadas em direção a uma reunião importante - sua mente não se
aquietava. Ele não costumava ser mandado para cidades tão próximas da capital
do estado, para nenhum tipo de trabalho; e logo na primeira vez,
coincidentemente, surge um estranho que sabe seu maior segredo com toda aquela
história bizarra.
–Não acho que seja
coincidência – sussurrou ele para si mesmo.
Embora tenha chegado ao
prédio quase meia hora atrasado todos os investidores o esperaram sem comentarem
sobre sua demora.
–Bom dia senhor Diaz – saudou um deles quando entrou na sala de reuniões. – Sente-se, por favor.
Aquele era um ambiente
que realmente o incomodava. Todos bem vestidos com ar de superioridade,
enquanto ele usava sua única camisa boa para esse tipo de situação. Seu
problema não era dinheiro, isso era algo que ele possuía além do suficiente. O problema era toda aquela pompa fútil e desnecessária.
Flash backs dominaram
sua mente, levando-o de volta à infância. Para a época em que sua mãe ainda era
viva, antes de seu pai enlouquecer...
–O que acha senhor
Diaz? – perguntou o homem do outro lado da mesa, afastando seus pensamentos. –
A proposta o agrada?
–Poderia repetir, por
favor? – pediu Diaz.
–Mas é claro – respondeu o homem humildemente. – Gostaríamos de alugar seis galpões da sua
empresa e acreditamos que esse seja um valor realmente justo.
O homem empurrou um
papel dobrado em sua direção, Diaz realmente se surpreendeu ao pegá-lo e
observar que nele havia um número com mais de seis dígitos.
–É claro que isso é um
valor mensal, e apenas por cada galpão – completou o empresário.
Aquilo nem podia ser
considerado uma negociação, somente um idiota recusaria uma proposta como
aquela; porém Sandro vinha de um lugar onde aprendera que qualquer trocado a
mais tinha um grande significado.
–Antes de dar minha
resposta, tenho que saber – disse Diaz, – Por que escolheram nossos galpões?
–Recebemos a indicação
de um amigo que temos em comum – respondeu ele. – Nosso companheiro nos contou
sobre a boa segurança que sua empresa zela e como é um bom lugar para executar
nossas transações... Como posso dizer? Noturnas.
Não foi necessário
pensar muito para Sandro deduzir quem era o tal amigo em comum. E nas centenas
de formas em que os galpões alugados poderiam ser usados.
– Bem, realmente acho
esse um valor justo – afirmou ele. – Senhores, parece que temos um acordo.
“Essa é a reunião mais
rápida em que estive” pensou Diaz.
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Enquanto deixava a
sala, em direção ao elevador, Sandro limpava a mão na própria camisa, apertar
as mãos de todos aqueles bastardos nojentos realmente fazia ele se sentir sujo.
Felizmente tudo havia ocorrido melhor do que poderia ter imaginado.
Durante todo o
percurso de volta para sua casa somente duas coisas passavam pela sua cabeça,
quais eram os objetivos de Simon e quem seria sua próxima vítima.
No último mês ele
havia encontrado três alvos em potencial, e os investigado a fundo. Precisava
apenas escolher um.
Bem, se Lexaror
estivesse falando a verdade ele não precisaria escolher. Poderia pegar os três
sem preocupações. Ainda mais porque depois daquela reunião, não havia muitos
motivos para duvidar de seu poder.
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Autor: Lexaror
Edição: Estevão
Edição: Estevão
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